O presente artigo analisa a representação da mulher negra na exposição do museu de arte Sacra de São Cristóvão – Se. Mapeando as exposições que são produzidas sobre a imagem do negro nas instituições museais, por meio de uma análise icnográfica baseada na perspectiva teórica dos Estudos Expositivos de Museus. Esse discurso apresenta a relação entre memória, gênero e museu, tendo como fio condutor o museu de arte sacra de São Cristovão – Se e os objetos expostos no museu das imagens das santas negras. O museu de Arte Sacra de São Cristóvão é o primeiro museu sacro do estado de Sergipe, que trata a preservar a arte religiosa católica, localizado na Praça São Francisco, mais especificamente ao lado da antiga ordem terceira de São Francisco. O artigo tem por objetivo ampliar o conhecimento sobre os conceitos de Memória e desenvolver uma visão crítica a respeito das coleções preservadas nos museus, assim como sobreas relações possíveis que se estabelecem entre o público e as coleções no contexto museológico.  Destacando a importância da implantação da valorização da mulher negra nas instituições museais entorno da representação do patrimônio cultural negro nós atuais museus. A pesquisa é trilhada por meio de pesquisa bibliográfica e coleta de dados em campo, que tem por objetivos investigar os caminhos das formações dos museus e os caminhos dos discursos  ideológico da mulher negra, as formas de resistência em busca de sua emancipação, bem como suas lutas em favor do espaço de representação e valorização, voltada para as demanda plurais dos museus no Brasil. Utilizando as categorias museografia, museu e memória, buscando compreender os meios conceituais a partir da analise interpretativa das praticas sociais expositivas no museu e observando como os objetos expostos geram tensões relativas ao silencio da representação do negro nos espaços de memória.