Última alteração: 2020-07-12
Resumo
O reconhecimento de que registros sonoros constituíam acervos de valia cultural e científica levou à criação de arquivos e discotecas públicas. Em ações pioneiras, como os museus brasileiros da imagem e do som, tornaram-se objeto de guarda, pesquisa e extroversão. Os museus vieram a incorporar o som mediatizado não apenas como “objeto”, mas também como “meio”, seja através de narrações explicativas, audioguias, ambientações sonoras e elementos multisensoriais que integram narrativas expográficas. Estudos publicados delineiam uma área de pesquisa ainda incipiente, que transita entre questões de acessibilidade, conforto acústico, cognição e interação. Iremos discutir tal literatura à luz da análise do emprego do som na exposição permanente do The Beatles Story, adaptado em armazém das antigas docas da terra natal do quarteto - através de registro produzindo em campo – para entender os vínculos entre consumo, colecionismo, informação e experiência social que a música popular mobiliza da cidade ao museu.