Última alteração: 2020-07-12
Resumo
Este trabalho se debruça sobre a experiência de Mário Pedrosa na concepção do Museu da Solidariedade, durante o governo de Salvador Allende (1970-1973), no Chile. De modo geral, procura-se compreender algumas características da política cultural de Allende e a importância simbólica desse Museu para a legitimação do projeto político da Unidade Popular, primeiro governo socialista democraticamente eleito na região. Exilado no Chile desde 1970, Pedrosa ajuda a criar o Comitê Internacional de Solidariedade Artística com o Chile (CISAC). Esse Comitê conta com o apoio de uma ampla rede de críticos de arte de prestígio, para angariar a doação de obras de artistas internacionais simpatizantes com a causa socialista chilena. Procura-se entender a gestão de Pedrosa nesse contexto de efervescência revolucionária, onde ocorre um ambiente favorável de contatos com intelectuais e teorias terceiro-mundistas.