Este resumo trata do trabalho de conservação realizado em um púcaro cerâmico, no âmbito do Laboratório de Documentação e Arqueologia (Lada), do Centro de Artes, Humanidades e Letras (Cahl), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Este artefato foi coletado nas escavações do sítio arqueológico Ladeira da Barroquinha, no Centro Histórico de Salvador, desenvolvida pelo Laboratório de Arqueologia, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH), da Universidade Federal da Bahia (Ufba). O Laboratório de Documentação e Arqueologia (Lada) foi criado em 2007 com o objetivo de proporcionar aos estudantes da UFRB, em especial aqueles do curso de Museologia, a formação prática e acadêmica em atividades de ensino, pesquisa e extensão no campo interdisciplinar entre a museologia e a arqueologia. O presente trabalho é um exemplo do fluxo ocorrido no Lada. Laboratório que, há anos, desenvolve atividades de conservação em artefatos arqueológicos, por meio de uma atuação interdisciplinar visando, a partir do diálogo entre discentes, técnicos e docentes, promover maior articulação dos conhecimentos teóricos e práticos. O púcaro, objeto refinado de origem portuguesa, de características que assemelham-se às de um pequeno jarro, foi coletado intacto em janeiro de 2018. Estava inserido num solo arenoso-ferroso, compactado e úmido, a 1,2 metros de profundidade, numa sondagem realizada no fundo do antigo Hotel Castro Alves. Durante a coleta foram adotados como medida de conservação e preservação informacional o acondicionamento do objeto em sacos acolchoados e vedados, assim como o registro de identificação no contexto arqueológico por meio de etiquetas. No Lada adotou-se como metodologia de preservação informacional, conservação-restauração: 1) a pesquisa do objeto; 2) ficha de identificação; 3) documentação fotográfica, realizada com luz natural e luz ultravioleta, produzindo macrofotografia e microfotografias de detalhes da peça;  4) exames organolépticos com lupa em mesa de luz; 5) exame de percussão, para avaliação da  estrutura e composição do suporte; 6) teste de solubilidade; 7) exame de Raio-X no Setor de Bioimagem do Hospital de Medicina Veterinária da UFRB; 8) exame microbiológico no Laboratório de Investigação Analítica de Alimentos e de Água (Liaa) da UFRB; 9) microscopia portátil USB com aproximação 200x; 10) Proposta de tratamento.