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PROTAGONISMO NEGRO NO CURSO DE MUSEOLOGIA DA UFRB
Última alteração: 2019-06-28
Resumo
O presente estudo tem por objetivo a análise da inserção de discentes negros no curso de Museologia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e seus desdobramentos no âmbito das relações sociais e museológicas, considerando a observância e a prevalência da elitização tanto das universidades quando dos espaços museais, bem como promover a ocupação desses espaços pela população que é majoritariamente negra. O estudo a respeito do tema protagonismo negro na museologia tem por finalidade a busca pela discussão que estabeleçam medidas que não limitem a inserção e a permanência desses discentes no protagonismo e nas discussões da Museologia, a partir das declarações de Santiago e Quebec que possibilitaram uma ruptura com a Museologia “entre quatro paredes” como função do museu, mas sim uma Museologia extra-muros, social que dialogue com a sociedade e com todos os públicos que foram privados de educação e de ocuparem o espaço museu e universidade, permitindo a disseminação do conhecimento, avanços nas pesquisa e popularização do museu.Esta pesquisa busca analisar de forma critica a maneira com a qual o curso de Museologia se mobiliza e organiza para a formação de turmas com a maioria negra, enquanto um curso historicamente branco e elitista que trazem narrativas que não condiz com a realidade dos discentes, colocando-os como coadjuvantes na história e responsáveis pelos discursos que estão já impostos pelos museus tidos como “tradicionais”, tornando-os profissionais críticos e que sejam atores de transformações sociais.Discutir o papel do graduando em Museologia enquanto pesquisador e sua a importância na atuação de trabalho como transformador social.O estudo consiste em uma pesquisa bibliográfica e teórica, aplicado ao curso de Museologia com análises de caráter qualitativo e quantitativo. Baseando-se nas análises das bibliografias propostas no sentido de selecionar conceitos que trouxessem um melhor argumento no que se refere à inserção e discussão das questões raciais e sociais, relacionando com a Museologia para dar suporte à pesquisa, um levantamento de dados de inserção, evasão e formação de discentes no curso para compreender o fator de permanência e a representatividade no curso por parte dos docentes.A pesquisa busca obter informações de caráter qualitativo e quantitativo que demonstrem ao público interno da UFRB a importância e a relevância do curso de Museologia para a formação de cidadãos críticos que sejam transformadores sociais para a sociedade.No século XIX, no Brasil, os museus começar a ser criados a partir de coleções da nobreza e oriundos dos antigos gabinetes de curiosidades, os museus era instituições dedicadas estudo e interpretação de objetos materiais, demonstrando assim a continuidade de manter sua função de mostrar o exótico, o diferente, sem uma preocupação com os princípios expográficos (construção de uma narrativa expositiva feita por brancos) e documentais, com isso os museus tradicionais que conhecemos na atualidade. Essas estruturas de origem europeia com ideologia conservadoras da colonização serviram para legitimar a dominação portuguesa, que tomavam tudo para si, tidos como exótico para colecioná-los, estudá-los como por exemplos adereços dos povos africanos e indígenas que possuíam uma cultura própria, por isso durante muitos anos os negros serviu como objeto de estudo dos cientistas europeus que escreveram as suas percepções associadas às ideias de primitivismo, negando o direito de fala e visibilidade nesses espaços museológicos.
O Movimento Internacional para uma Nova Museologia (MINOM), abre espaços para novas discussões sobre os esquecidos na história dos nossos museus, questionando sobre a falta de informações das populações negras e outras minorias que não se veem representados nesses espaços elitistas e restritos, com um falar rebuscado e como espaços bem delimitados para o acesso, além de serem instituições instaladas distantes das populações negras pobres que moram nas favelas, enquanto os museus estão nos centros das áreas nobre das cidades. Essa nova teoria social museológica rompe com as ideias de um museu aprisionado dentro das quatro paredes e leva para fora, para a sociedade com a relação: Sociedade – Patrimônio – Território. Com debates, exposições e questionamentos sobre o que são e o qual o seu real significado sendo uma ferramenta de engajamento social. “A multiplicidade de designações evidencia também a disposição para driblar e resistir às tentativas de normatização e do controle perpetrados por determinados setores culturais e acadêmicos de sufocarem a inserção do protagonismo negro nessas discussões. Essas “museologias indisciplinadas”, “impuras”, “in-mundas”, crescem de mãos dadas com a vida, elaboram permanentemente seus saberes e fazeres à luz das transformações sociais que vivenciam como protagonistas”.O estudo sobre o protagonismo negro na museologia visa uma maior inserção dos discentes nas discussões museológicas acerca do seu curso e das disciplinas estudadas criticamente, incentivando-os as produções com narrativas decolonial que não tragam em seus discursos questões evolutivas e colônias que reforcem estereótipos raciais e sociais que foram construídos por uma minoria que até então eram detentores do saber, mas que os discentes do curso de museologia se formem profissionais críticos e assumam esses espaços de produção do saber e sejam agentes transformadores de narrativas.
O Movimento Internacional para uma Nova Museologia (MINOM), abre espaços para novas discussões sobre os esquecidos na história dos nossos museus, questionando sobre a falta de informações das populações negras e outras minorias que não se veem representados nesses espaços elitistas e restritos, com um falar rebuscado e como espaços bem delimitados para o acesso, além de serem instituições instaladas distantes das populações negras pobres que moram nas favelas, enquanto os museus estão nos centros das áreas nobre das cidades. Essa nova teoria social museológica rompe com as ideias de um museu aprisionado dentro das quatro paredes e leva para fora, para a sociedade com a relação: Sociedade – Patrimônio – Território. Com debates, exposições e questionamentos sobre o que são e o qual o seu real significado sendo uma ferramenta de engajamento social. “A multiplicidade de designações evidencia também a disposição para driblar e resistir às tentativas de normatização e do controle perpetrados por determinados setores culturais e acadêmicos de sufocarem a inserção do protagonismo negro nessas discussões. Essas “museologias indisciplinadas”, “impuras”, “in-mundas”, crescem de mãos dadas com a vida, elaboram permanentemente seus saberes e fazeres à luz das transformações sociais que vivenciam como protagonistas”.O estudo sobre o protagonismo negro na museologia visa uma maior inserção dos discentes nas discussões museológicas acerca do seu curso e das disciplinas estudadas criticamente, incentivando-os as produções com narrativas decolonial que não tragam em seus discursos questões evolutivas e colônias que reforcem estereótipos raciais e sociais que foram construídos por uma minoria que até então eram detentores do saber, mas que os discentes do curso de museologia se formem profissionais críticos e assumam esses espaços de produção do saber e sejam agentes transformadores de narrativas.
Palavras-chave
Protagonismo; Museologia; Inserção; Negros