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Este artigo discute um novo olhar para a relação entre sítio e arquitetura, segundo o proposto pelo teórico David Leatherbarrow, a partir da análise de três museus de arte contemporânea  do  arquiteto  português  Álvaro  Siza,  cuja  obra  é  elucidativa  neste sentido.  O  trabalho  toma  como  estudos  de  caso  o  Centro  Galego  de  Arte Contemporânea  (Santiago  de  Compostela,  Espanha,  1988-1993),  o  Museu  de  Arte Contemporânea  da  Fundação  de  Serralves  (Porto,  Portugal,  1991-1999),  e  a Fundação Iberê Camargo (Porto Alegre, Brasil, 2000-2008). Distintos em localização e semelhantes em tipologia, os edifícios são analisados a partir de cinco estratégias projetuais  de  relacionamento  com  o  sítio,  extraídas  da  revisão  da  literatura.  Estas estratégias  norteiam,  em  primeira  instância,  a  reflexão  sobre  suas  características espaciais,  tectônicas  e  formais,  e  como  estas  configuram  os  espaços  e  o  objeto edificado, de modo a apontar novos mecanismos de relacionamento entre arquitetura e sítio. E em segundo plano, levanta alguns questionamentos e reflexões, a partir da identificação  de  semelhanças  e  diferenças  entre  os  três  exemplos,  sobre  a  relação entre  espaço  arquitetônico  projetado,  possibilidades  de  construção  de  narrativas expográficas e inteligibilidade das mensagens de exposição pretendidas.