SEMINÁRIO BRASILEIRO DE MUSEOLOGIA - SEBRAMUS, 2 Sebramus

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A CIDADE COMO OBJETO MUSEOLÓGICO
Luciana Scanapieco Queiroz, Nilson A. de Moraes

Última alteração: 2019-07-19

Resumo


A cidade, ao longo da história, é um tema recorrente e uma ameaça a todos os interesses  e  ações  dos  grupos  sociais  e  culturais  que  tentam  dominá-la, compreende-la ou administrá-la. Ela implica em medos, esperanças, fracassos e sucessos individuais e coletivos. Enganam-se aqueles que acreditam que ela é um  desafio  recente.  Ela,  ao  longo  da  história,  foi  um  espaço  de  encontros  e desencontros,  poder  e  resistência.  Um  espaço  de  criação  e  relações imprevisíveis.  Nas  cidades  as  informações,  relações  e  comportamentos  se multiplicam e transformam rapidamente enquanto as instituições e regras sociais de controle e processos interativos respondem em outros tempos. A cidade exige e  funciona  como  um  complexo  sistema  de  fluxos  e  contra  fluxos  em  que  a cultura  e  o  museu  modificam  os  papéis  e  expectativas.  O  museu  está comprometido  com  os  novos  tempos  e  demandas  da  sociedade,  ele  é  um indutor, um agente criativo e seu papel reprodutivo são questionados. O museu conhece  uma  mudança  que  não  é  apenas  institucional  e  que  imprime  e considera outros sentidos. Os museus sobre as cidades e os museus de cidades se  constituem  em  novos  espaços  públicos  de  promoção  do  coletivo.  Seguindo esta linha de pensamento, o artigo apresentado se propõe a estudar a cidade como objeto museológico, suas apreensões e ações como tal, analisando, para isso,  os  modelos  de  museus  de  cidade  que  vem  surgindo  na  atualidade  e  as contribuições do Comitê Internacional para  Coleções e Atividades dos Museus de Cidade (CAMOC) do Conselho Internacional de Museus (ICOM).

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