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A CIDADE COMO OBJETO MUSEOLÓGICO
Última alteração: 2019-07-19
Resumo
A cidade, ao longo da história, é um tema recorrente e uma ameaça a todos os interesses e ações dos grupos sociais e culturais que tentam dominá-la, compreende-la ou administrá-la. Ela implica em medos, esperanças, fracassos e sucessos individuais e coletivos. Enganam-se aqueles que acreditam que ela é um desafio recente. Ela, ao longo da história, foi um espaço de encontros e desencontros, poder e resistência. Um espaço de criação e relações imprevisíveis. Nas cidades as informações, relações e comportamentos se multiplicam e transformam rapidamente enquanto as instituições e regras sociais de controle e processos interativos respondem em outros tempos. A cidade exige e funciona como um complexo sistema de fluxos e contra fluxos em que a cultura e o museu modificam os papéis e expectativas. O museu está comprometido com os novos tempos e demandas da sociedade, ele é um indutor, um agente criativo e seu papel reprodutivo são questionados. O museu conhece uma mudança que não é apenas institucional e que imprime e considera outros sentidos. Os museus sobre as cidades e os museus de cidades se constituem em novos espaços públicos de promoção do coletivo. Seguindo esta linha de pensamento, o artigo apresentado se propõe a estudar a cidade como objeto museológico, suas apreensões e ações como tal, analisando, para isso, os modelos de museus de cidade que vem surgindo na atualidade e as contribuições do Comitê Internacional para Coleções e Atividades dos Museus de Cidade (CAMOC) do Conselho Internacional de Museus (ICOM).
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